CARDIOLOGIA

 

Id: 255087
Autor: Loures, Danton R. da Rocha; Carvalho, Roberto Gomes de; Mulinari, Leonardo; Silva Júnior., Arleto Zacarias; Schmidlin, Carlos Augusto; Brommelstroet, Maricélia; Voitowicz, Vinícius Nicolau; Dantas, Marcelo Haddad; Choma, Ricardo José; Shibata, Sérgio; Felicio, Marcello Laneza; Bonatto, Dênis; Antunes Filho, Nilo.
Título: Cirurgia cardíaca no idoso / Cardiac surgery in elderly patients
Fonte: Rev. bras. cir. cardiovasc;15(1):1-5, jan.-mar. 2000. tab
Resumo: Com o aumento da expectativa de vida da população brasileira cresce o número de pessoas com idade superior a 70 anos que necessitam de operação cardíaca. CASU STICA E MÉTODOS: Foram avaliados, retrospectivamente, 75 pacientes com idade 3 a 70 anos submetidos a operação cardíaca no HC-UFPR, entre 1995 e 1999, com objetivo de analisarmos os resultados imediatos e tardios. A idade variou de 70 a 88 anos, sendo 34 (46,7 porcento) do sexo feminino e 41 (53,3 porcento) do masculino. Os principais sintomas foram angina (81,3 porcento), dispnéia (42,6 porcento) e síncope (16 porcento). Os pacientes encontravam-se em classe I (57,3 porcento), classe II (17,3 porcento), classe III (18,6 porcento) e classe IV (6,6 porcento) da NYHA, 61,3 porcento eram hipertensos, 48 porcento tabagistas, 28 porcento diabéticos e 9,3 porcento haviam sido submetidos a operação cardíaca prévia. Foram realizadas 50 (66,6 prcento) revascularizações do miocárdio, 9 (12 porcento) trocas de valva aórtica, 5 (6,6 porcento) operações de aorta, 4 (5,2 porcento) trocas valvares + revascularização miocárdica e outros procedimentos (7 porcento). As principais complicações pós-operatórias foram cardiovasculares: arritmias ventriculares (22,6 porcento), arritmias supraventriculares (21,3 porcento), baixo débito cardíaco (16 porcento); infecciosas (16 porcento) e pulmonares (9,3 poecento). O tempo médio de permanência na UTI foi de 5 dias. RESULTADOS: A mortalidade hospitalar foi de 13,3 poecento e houve 5 óbitos tardios. Dos sobreviventes, 78,4 porcento compareceram para seguimento ambulatorial. O tempo médio de seguimento foi de 20,7 meses e a sobrevida foi de 92 porcento; um dos óbitos tardios foi de origem cardiovascular. CONCLUSÃO: Apesar de serem pacientes de maior complexidade clínica pela maior incidência de doenças crônicas e acometimento de outros órgãos, os avanços na cirurgia cardíaca e terapia intensiva tornaram possível a intervenção com baixa morbi-mortalidade.

 

U  T  I

 

Id: 223571
Autor: Alves, Flávio; Sant'Anna, Urbano L; Oliveira, Eubrando; Weingartner, Roger; Oliveira, Elenara; Friedman, Gilberto.
Título: O valor prognóstico do curso hemodinâmico inicial de pacientes com falência circulatória / The prognostic value of the elderly hemodynamic course of patients with circulatory failure
Fonte: Rev. bras. ter. intensiva;10(2):68-75, abr.-jun. 1998. tab, graf
Resumo: Objetivo: Avaliar as relativas contribuiçoes das mudanças no tônus vascular e funçao cardíaca para a recuperaçao de falência circulatória. Desenho: Séries de casos, estudo observacional. Cenário: Unidade de tratamento intensivo geral multidisciplinar para adultos em um hospital universitário. Pacientes: Setenta e seis pacientes com falência circulatória (hipotensao, sinais de hipoperfusao tecidual). Adicionalmente ao tratamento do quadro etiológico de base, cada paciente recebeu líquidos e drogas vasoativas (dopamina, dobutamina e norepinefrina). Cada paciente foi ventilado mecanicamente. Trinta e um pacientes (41 por cento) sobreviveram ao período de hospitalizaçao na unidade de tratamento intensivo. Intervençoes: Medidas hemodinâmicas, gasométricas e de lactato foram obtidas na admissao, após 12 horas e após 24 horas. Resultados: Pacientes sobreviventes e nao-sobreviventes de choque - Nao houveram diferenças significativas nas variáveis hemodinâmicas. A PaO2 dos nao-sobreviventes foi maior inicialmente e após 12 horas; p<0,05. Os níveis de lactato sanguíneo dos nao-sobreviventes foi maior e nao diminuiu ao longo das 24 horas; p = NS. Pacientes com choque séptico vs. nao-séptico - A pressao arterial e a resistência vascular sistêmica foram significativamente menores nos pacientes sépticos. Os valores de consumo de oxigênio dos pacientes sépticos foram mais elevados ao longo das 12 horas (p=NS), mas as de transporte de oxigênio permaneceram similares. Pacientes sobreviventes vs. nao-sobreviventes de choque séptico - Os sobreviventes apresentaram uma funçao cardíaca (índice sistólico e do trabalho de ventrículo esquerdo) significativamente melhor. O índice cardíaco dos nao-sobreviventes foi semelhante às custas de uma freqüência cardíaca significativamente maior. Os níveis de lactato sangüíneo foram menores e diminuíram ao longo das 24 horas nos sobreviventes. Conclusoes: Uma melhora precoce na funçao ventricular é indicativo de melhor prognóstico dos pacientes criticamente enfermos, destacando-se os sépticos. A concentraçao de lactato sangüíneo é um marcador de prognóstico em falência circulatória. Os valores das variáveis de transporte ou consumo de oxigênio nao parecem ter valor prognóstico em populaçoes mistas de UTI, em especial nos pacientes sépticos. (AU).

 

   < VOLTAR