17.04.07 - Site Hospitalar |
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Estudo
realizado em hospital brasileiro |
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A Unidade de Terapia Intensiva da Casa de Saúde São José, no Rio de Janeiro, levou a expertise brasileira ao 27º International Symposiun on Intensive Care and Emergency Medicine, um dos mais importantes do mundo, que aconteceu na Bélgica, entre os dias 27 e 30 de março. Uma das pesquisas apresentadas pela equipe do hospital foi realizada pioneiramente na América Latina e visa comparar um novo tipo de cateter endovascular, recoberto por antibióticos, com os cateteres tradicionais hoje usados, sem revestimento. O objetivo do trabalho, que foi iniciado em 2005 e concluído no final do ano passado, é reduzir a incidência de infecção causada por cateter, comum em pacientes que precisam receber algum tipo de substância por via venosa em período superior a 72 horas. De acordo com os médicos Gustavo Nobre e Marcelo Kalichsztein, chefes do CTI da São José, os resultados obtidos apontam a melhora no controle e a queda do índice de colonização por bactérias de 18.4% para 5.9%. “Estes testes foram feitos da seguinte maneira: um grupo de pacientes recebeu o cateter tradicional, outros o recoberto com medicamento. Os resultados foram, então, comparados”, explicam. As principais infecções que incluem pacientes com internações prolongadas estão relacionadas a cateteres venosos profundos, entre elas a septicemia (multiplicação de bactérias no sangue) e as bacteremias (presença de bactérias no sangue). O estudo foi aprovado pelo Ministério da Saúde e a previsão é de que o mesmo seja expandido a outros hospitais do Rio. Segundo os médicos, entre os principais benefícios de introduzir cateteres com menor chance de serem colonizados por bactérias está a diminuição do tempo de internação, a diminuição de custos com medicamentos e também a redução das taxas de mortalidade.
Outros estudos O CTI da São José, inclusive, vem realizando um trabalho intenso, com mobilização de médicos e da equipe de enfermagem, para reduzir as taxas de pneumonia. No último ano, algumas medidas fizeram com que a incidência da doença caísse drasticamente. Entre algumas ações estão: o correto posicionamento do paciente no leito (cabeceira elevada); a diminuição do tempo de sedação; e a prevenção de trombose de membros inferiores e de úlceras gástricas, estas que aumentam as chances de infecção pulmonar. Já o estudo
na área de Hemodinâmica compara um método de monitorização não invasivo,
chamado variação da curva de oximetria de pulso, com a monitorização da
pressão arterial através de cateter inserido em artéria, de caráter mais
invasivo. “Os resultados mostraram que o método não invasivo é tão eficiente
quanto o segundo, fornecendo informações para o manejo hemodinâmico dos
pacientes críticos”, comenta o Dr. Kurtz. |