A fila para leitos nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) aumentou em menos de dois dias. Na última quinta-feira, eram 21 pessoas. Ontem, o número pulou para 36 pacientes, incluindo um recém-nascido, natural do Ipu, e uma criança. De acordo com o coordenador de Políticas de Saúde Públicas da Secretaria de Saúde do Estado, Alex Mont´Alverne, o número não significa é relativo, estando sempre a aumentar ou diminuir de acordo com a demanda. “Nada alarmante”.

Ele defende a instalação de mais leitos no Hospital Geral de Fortaleza, como sendo uma das saídas para minimizar a lotação e a espera por leito.

A diretora do HGF, Fátima Dias, afirma que os 20 novos leitos de UTI deverão ser entregues em pouco mais de um mês. “Os recursos foram liberados para a compra de respiradores artificiais”.

Atualmente, o Estado conta com um total de 465 leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) e mais 160 privados, perfazendo um total de 561 leitos.

Fátima Dias explica também o problema para os que esperam por cirurgias. Segundo ela, a questão deverá ser minimizada com a inauguração, quando a reforma terminar, de mais 13 salas. Hoje, são 12. “Pularemos de 700 operações/mês para 1.750. O que é muito bom”.

As obras gerais darão mais conforto e melhora no atendimento. Atualmente, são 254 leitos. A meta é oferecer 370. Os da UTI, com ampliação, passará de 25 para 45. A capacidade dos transplantes de rins continuará a mesma, com 20 leitos. O HGF tem 38 anos de existência. Atende na emergência cerca de oito mil pacientes por mês. O atendimento ambulatorial chega a 15 mil procedimentos mensais.

A vinda de pacientes do Interior para o HGF foi lembrada pelo deputado Roberto Cláudio. Segundo ele, enquanto não foram investidos em hospitais regionais, a situação não vai melhorar. “Isso é por demais necessário”.