A II Grande Guerra Mundial, alerta a humanidade.

No ensejo da matéria da Revista Super-Interessante a "Ciência Nazista", vimos a necessidade de ampliar a discussão e demonstrar o Holocausto na visão muito maior, ou seja, na desigualdade social, na perversidade humana, na formação educacional distorcida, no fanatismo, no instinto humano de destruição.

http://super.abril.com.br/super/revista/225.shtml 

( Veja no ícone "Exclusivo": Julgamento, pena e experimentos dos principais médicos )

 

HOLOCAUSTO: Genocídio e perversidade humana

Editorial - Site MedicinaIntensiva

Holocausto origina-se da palavra grega holokaustun e latim holocaustu, sacrifício o qual queimava-se a vítima. A lição da II Grande Guerra e das atrocidades humanas jamais poderão ser esquecidas na memória da grande consciência humana. A ONU estabeleceu o dia 27 de janeiro o dia Internacional para honrar as vitimas do Holocausto, já que nesta data em 27 de janeiro de 1945 houve a libertação dos prisioneiros no campos de Auschwitz-Birkenau pelos soviéticos.

 

A Grande Guerra Mundial finalizou com 50 milhões de mortos, dos quais mais de 1 milhão tratavam-se de crianças somente em campos de concentração. Em nome da purificação, da ideologia, da "ciência", o ser humano coletivo cometeu assassinato em massa, agrediu, torturou, transgrediu violentamente a consciência e seu estado racional. Mas, não nos assusta o acontecido, mas a eterna lembrança que todos os dias ocorre a mesma tragédia em vários lugares do nosso planeta. Somente na análise psiquiátrica há condições de entender o holocausto, tanto no aspecto da perversidade, como na índole e instinto de muitos "seres humanos".

 

Famílias prisioneiras em campo de concentração nazista

Fazendo retrospectiva, vimos médicos e profissionais de saúde efetuando experimentos, impondo sofrimento, exterminando, apoiando o genocídio, ou seja, extermínio da própria espécie. Devemos esquecer Auschwitz ? Com certeza não. Recentemente 350 crianças foram assinadas na Rússia por razões religiosas, na Bósnia em 1995  houve na cidade Sbrenica a morte de 7500 cidadãos mulçumanos, no Iraque houve em 1988  o extermínio de mais de 5000 famílias curdas na cidade Halabaja.

 

Crianças submetidas a experimentos

Não há dúvida que não estamos livres das Guerras, da mente humana que constrói e destrói, do mundo ainda injusto, que gasta imensa parcela da sua riqueza em armas de destruição em massa. Somente no Brasil, 50 milhões de brasileiros vivem em estado de plena miséria, extrema pobreza, gerando fome, sofrimento e doenças. Esta é a nossa ética, a lembrança que o Holocausto simbolizou do limite da intolerância e da psicose, da mente perversa, da miséria humana. Nas grandes cidades podemos ver guetos, esfomiados, pessoas em trajes apodrecidos, vivendo e dormindo em ruas, pedindo ajuda e não encontrando: Talvez seja a mesma consciência coletiva do Holocausto, "não nos importamos com você, trata-se de questão social". Mergulhe nas favelas e observe quanta indiferença, pessoas sobrevivendo a exclusão social, cenas muitas vezes semelhantes.

 

experimentos e desnutrição em crianças

Em na 1889, recente para história, ainda escravizávamos pessoas, torturávamos, mantinha-nos em trabalho forçado. Nascido em sua cor, recebia a designação de "escravo", permanentemente a serviço de outro. Em nossa Criança da Rua, e não de Rua, já nasceu para ter o seu lar, vimos até hoje a marca da expulsão para as ruas de filhos e avós de escravos as quais não poderiam mais trabalhar e produzir. Assim já pensava e se pensa como "inconsciente" coletivo da humanidade, "você não é meu problema", impondo nos olhos da história a vergonhosa escravidão aceita na sociedade.

 

 

Experimentos em crianças: Desnutrição e queimaduras

Críticas também não faltam a chamada "ciência", que na formação dos profissionais de saúde, mutilam animais, torturam, extrapolam o bom senso da ética e da pesquisa. No Holocausto assistimos importante grupo de "cientistas" com alto grau de formação técnica, darem bases a inferioridade da raça, à necessidade do extermínio, mostrando a imensa distância entre o saber e a educação, ou seja, de como empregar o conhecimento ao bem da humanidade, fomentando cérebros perversos, não corrigindo suas distorções mentais.

 

800 mil sapatos de crianças encontrados em depósito nazista

Não há mais surpresa, somente na visão inocente da criança o ser humano é puro, livre de preconceitos e das cicatrizes psíquicas podendo levá-lo a perversidade e ao instinto de destruição. Nela encontramos a integridade moral, a passividade, a visão da idealização, visualizando um mundo lúdico, de brincadeiras, de alegria e ideal. Aos educadores e pais, cabe a consciência de doar-se, dar ao menino e a menina a chance de ser bom e digno e de transformar o mundo. Na criança está a chance da mudança, da idealização, da igualdade. 

Memorial do Holocausto em Washington

No Brasil: Cenas do Holocausto Diário - A Eutanásia Social

Bósnia: Extermínio étnico

O site MedicinaIntensiva entende a necessidade da discussão em tema polêmico, atual e de extrema urgência, havendo necessidade da consciência humana nas questões sociais e empenho nas mudanças. O Holocausto serve de alerta a todos profissionais de saúde que tem como missão ética, tratar e preservar o ser humano...