quinta-feira, 12 de julho de 2007 - 11:06m

Deputados discutirão com governo crise nas UTI´s

 
 NOTÍCIA DIGITAL
Um dos principais pilares do primeiro mandato do governador Blairo Maggi (PR), a Saúde, corre o risco de voltar a ter dias ruins como no passado. O setor necessita de no mínimo, R$ 80 milhões em verba suplementar prevista no Orçamento Geral do Estado (2008) para manter funcionando as Unidades de Tratamento Intensivo (UTI´s) nos hospitais de Mato Grosso. Ainda hoje (11), está previsto um encontro com o governador no período da tarde para discutir o assunto. A informação partiu do presidente da Comissão de Saúde da Assembléia Legislativa, deputado Walace Guimarães (DEM) e do parlamentar Ademir Brunetto (PT), que juntos promoveram pela manhã, uma reunião extraordinária com os secretários de Saúde estadual, Augustinho Mouro e Municipal, Guilherme Maluf (PSDB), para tratar dos repasses para as UTI´s.

De acordo com o secretário de Saúde de Cuiabá, Guilherme Maluf, a prefeitura paga R$ 213,00 por dia dentro dos valores da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS) para manter suas UTI´s. "O Estado tem que dar essa garantia para os municípios", disse Maluf.

Diretor do Hospital Geral de Cuiabá, o médico Vander Fernandes estima que os leitos da UTI`s municipais correm sérios riscos de parar em função das dificuldades financeiras apresentadas pelo governo estadual. Ao todo, são 28 leitos mantidos com recursos de R$ 270 mil mensais. Segundo ele, os repasses estão ameaçados a partir de agosto diante da falta de recursos alegados pelo Estado. "O que foi um avanço do atual governo passa a ser dúvida até o final do ano", disse Vander.

No entanto, os recursos por verbas suplementares dependem da autorização de mecanismo como PPA e OGE. "Queremos mostrar para o governador o risco das UTI´s terem que parar nos hospitais de vários municípios", afirmou Bruneto. O deputado pede que, o Estado encontre uma solução a curto prazo para evitar o colapso previsto no sistema de saúde estadual.

De acordo com Augustinho Mouro, o Executivo tem dificuldade para contratar médicos, realizar processos licitatórios em função de algumas normas da legislação que emperra agilidade de socorro à UTI´s, por exemplo. "Às vezes temos recursos, mas não temos mecanismos que estão sendo amarrados pela lei", disse Mouro.

Para Walace Guimarães, os recursos devem ser agilizados para o atendimento à população que procuram pelos hospitais da Capital e interior. "Não é possível que o governo deixe de achar uma solução para esse problema gravíssimo que atinge todos os municípios", avaliou o deputado.