Segunda Feira,
24/9/2007 , 10h52
Geral - MATO GROSSO DO SUL
CRISE NO MATO GROSSO DO SUL
O Conselho
Regional de Medicina (CRM/MS) divulgou nota em que cobra providências para que
se amenize os problemas no atendimento à saúde, com abertura de vagas das
Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e investimento para ampliação das salas de
emergência e capacitação de pessoal.
Em nota, o presidente do CRM/MS, Sérgio Renato Couto explica que o conselho teve
várias reuniões com ministérios públicos Estadual e Federal, Conselho Municipal
de Saúde e Comitê Municipal de Atenção às Urgências sobre a ‘situação caótica’
da Santa Casa, Hospital Regional e Hospital Universitário. “O excesso de
pacientes (...) lotam estes setores a espera de vagas em unidades de terapia
intensiva”, referindo-se às salas de emergência.
Os encontros ocorreram há dois meses, segundo o CRM/MS e até agora, nenhuma
providência teria sido tomada. O conselho exige providências para melhorar o
atendimento à população e “preservar a dignidade do trabalho médico (...) que
está fazendo o melhor em benefício do paciente”.
Fonte : TV MORENA
01/10/2007 |
Hospital de Ponta Grossa ganha 12 leitos de UTI |
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O
superintendente de Gestão de Sistema de Saúde, Gilberto Martin, entregou
nesta segunda-feira (1.º) os 12 leitos de Unidade de Terapia Intensiva
(UTI), no Pronto-Socorro Municipal. Para viabilizar os novos leitos, o
Estado financiou a reforma do espaço físico, com investimentos em torno de
R$ 4 milhões e disponibilizou os equipamentos. A contratação de
profissionais ficou a cargo da Prefeitura Municipal. |
Bonde - Londrina
Roleta-russa define quem vai conseguir UTI
Quinta-feira, 27 de Setembro de 2007
18:31
Pacientes que
necessitam de tratamento intensivo em Mato Grosso do Sul convivem com uma
roleta-russa hospitalar onde só quem tiver sorte, e precisa ser muita sorte,
pode sobreviver. A situação denunciada nesta semana pelo CRM (Conselho Regional
de Medicina) e pela Sosmati (Sociedade Sul-Mato-Grossense de Terapia Intensiva)
foi constatada na prática pela reportagem do Campo Grande News, que visitou os
três maiores hospitais da cidade nesta quinta-feira, dia 27.
Hoje, todos os leitos hospitalares de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) que
atendem pelo SUS (Sistema Único de Saúde) em Campo Grande estão lotados enquanto
há uma fila de espera com doentes que correspondem a pelo menos metade do número
de vagas ofertadas. Para tentar atender os pacientes médicos e diretores estão
extrapolando o isolamento da UTI e estendendo o tratamento intensivo para salas
de centros cirúrgicos, enfermarias e até pronto-socorros. Fora do espaço
adequado o paciente está mais suscetível a infecções e fica sujeito a
atendimento por pessoas não preparadas para a terapia intensiva.
A situação deixou a estudante Greiziele Margarida Silva, 21 anos, apreensiva por
quatro dias. Enquanto aguardava vaga para ingresso da mãe Joana Margarida Silva,
72 anos, na ala adulta do UTI do HU/UFMS (Hospital Universitário de Mato Grosso
do Sul) teve como consolo a oração. “Ela ficou na enfermaria, no respirador
porque teve duas paradas cardíacas, mas não tinha o que fazer, não tinha vaga né”.
A mãe teve o tubo respiratório retirado nesta quinta, já consegue expressar o
alívio de ter visto a morte de tão perto, e fica pensativa quando lembra-se de
outro paciente que não teve a mesma sorte que ela. “Era um senhor. Ele também
esperou bastante, mas não resistiu. Não tinha vaga”.
Do lado de dentro da UTI do HU, os oito leitos estão ocupados, segundo o
enfermeiro responsável José Carlos Cossiolo, 50 anos. Essa é a situação normal,
enfatiza o enfermeiro, que está há 14 anos na função. Normal também é a fila de
espera. “Geralmente há três ou quatro esperando vaga, mas já chegamos ao absurdo
de ter seis pacientes na lista de espera há cerca de dois meses”.
Entre os principais fatores na lotação das unidades está o trânsito. Em média,
conforme o Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência), 450 pessoas são
encaminhadas para serviços de UTI, a maioria é politraumatizada. “O
politraumatismo é uma epidemia”, traduz o diretor do HU, Cláudio Silva.
Interior – Para a chefe da divisão de enfermagem do HU, Ana Charbel, a
oferta de leitos seria suficiente se o atendimento considerasses os pacientes de
Campo Grande. O problema são os pacientes do interior, explica. Hoje, todos os
leitos de UTI estão ocupados e para todas as especialidades há fila, com pressão
forte de pacientes de outras cidades. “Há pacientes que já vêm do interior com o
respirador”.
A pressão pelo atendimento de quem vem de fora da cidade, muitas vezes de outros
estados, também é um problema enfrentado pela Santa Casa. Segundo o diretor da
Santa Casa, Leonildo Herrero, fora a Capital, outras cidades sul-mato-grossenses
têm pouco, ou nenhum serviço de UTI. Ele cita Dourados e Três Lagoas com
atendimento restrito, mas os pacientes terminam em Campo Grande.
Esse é o caso da dona de casa Rosilda Rezende, 26 anos, que veio de Terenos para
garantir a vida do terceiro filho. A criança está na Santa Casa há cerca de 30
dias por complicações no parto. Sem previsão de saída, a mãe explica que
procurou o hospital na Capital já na segunda gravidez. Os chamados pacientes de
fora representam 40% do atendimento neonatal do Hospital Regional, conforme a
médica neonatologista Patrícia dos Reis Ruiz. O serviço termina como o remédio
forte para garantir a vida de crianças que não foram alvo de um pré-natal
adequado.
Patrícia dos Reis explica que todos os leitos do HR estão ocupados e, como na
Santa Casa e HU, há fila de espera nas enfermarias. Hoje são oito leitos na UTI
Pediátrica, número igual na UTI Neonatal, quatro na UI (Unidade Intermediária)
Neonatal quando o ideal seriam 12, 11 no CTI (Centro de Tratamento Intensivo)
adulto e oito na Unidade Coronariana. Ela revela que na falta de leitos e
crescente demanda, unidades intermediárias, como a neonatal, viram UTI. O PAM
(Pronto Atendimento Médico) também passa a oferecer o tratamento intensivo na
falta de vagas. Nesta quinta dois pacientes aguardavam vaga no local.
Com os leitos de UTI constantemente ocupados, a Santa Casa tem improvisado
atendimento em salas do centro cirúrgicos. A média, revela Leonildo Herrero, é
de três a quatro salas paradas no centro cirúrgico atendendo a doentes que
deveriam estar na UTI. Além das salas do centro, o Pronto Socorro e as
enfermarias também abrigam doentes que aguardam uma chance de tratamento
intensivo.
A Santa Casa conta com 18 leitos na UTI geral, dez na pediatria, dez, na
neonatlogia, dez na cirurgia cardíaca, dez na unidade coronariana, cinco na
unidade congênita, 12 na UI Neonatal e seis na UI pediátrica. Além desse número,
há oito leitos no Pronto Socorro usados como CTI. Difícil, explica Leonildo
Herrero, é explicar para pacientes e, muitas vezes para a Justiça, a falta de
vagas. “Recebemos intimações para arrumar vaga, mas não tem”.
A dúvida diante do risco foi penosa para Sheila Maldonado Infante, 32 anos. A
menina Maria Eduarda, com poucos dias de vida, nasceu com uma má formação e
ingressou neste dia 27 na UTI Neonatal da Santa Casa. O bebê nasceu na
Maternidade Cândido Mariano e, mesmo diante de um pré-natal adequado, um
problema congênito precisava ser corrigido nos primeiros dias após o nascimento.
“Mas tivemos que esperar. Não tinha leito. Não dava para fazer a cirurgia antes
disso. Agora ela vai se recuperar bem”, crê a mãe. O caso do bebê de Sheila, a
procura da Santa Casa aconteceu porque a Cândido Mariano não tem equipe para
cirurgia.
Pessoal– O trato dos pacientes de UTI revela um drama para quem está no
dia-a-dia do atendimento, o desinteresse de pessoal em atuar na área. O exemplo
ganha contornos dramáticos no HR, onde um médico recebe R$ 800 por mês para uma
carga horária de 12 horas semanais que nunca consegue cumprir. Em escalas sempre
abertas, os médicos vivem em plantões, para o qual recebem R$ 350.
Somente para a unidade neonatal do HR seriam necessários mais três
profissionais, mas mesmo uma recente contratação emergencial não foi suficiente
para preencher a escala. Na UTI adulto, a capacidade de infra-estrutura é para
15 leitos, mas somente 11 estão ativados por falta de pessoal. O sistema
sobrecarrega o pessoal, como própria Patrícia, que fez 102 horas a mais que o
tempo para que foi contratada. O desgaste da médica é evidenciado em herpes no
rosto que ela atribui ao cansaço e a noites mal dormidas.
A disponibilidade de pessoal no HU é diferente, depende de autorização do
Ministério da Educação para abertura de vagas em concurso público. Sem o
certame, há constante revezamento de pessoal. Em hospitais que não são públicos,
mas que atendem pelo SUS, como a Santa Casa, o problema é falta de recursos para
manutenção de pessoal. Hoje, um leito de UTI custa R$ 1.180/dia, mas o repasse
do SUS é de R$ 213, contando pagamento de medicamentos, pessoal, honorários
médicos e infra-estrutura hospitalar.
Campo Grande News
24/09/2007 15:06 |
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Hospitais públicos da Capital têm déficit de 50 leitos de UTI |
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Miadiamax News |
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Paulline Carrilho |
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Reforçando o alerta emitido hoje sobre a situação caótica dos pronto-socorros dos três maiores hospitais de Campo Grande, o CRM/MS (Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul) destacou que atualmente a Capital conta com uma defasagem de pelo menos 20 UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) e 30 UTI intermediárias (destinada a pessoas em estado grave, mas que respiram sem o auxílio de aparelhos). Com a alta demanda de atendimentos de pacientes graves, vindos inclusive do interior do Estado, a Capital precisa elevar os leitos no Hospital Regional, na Santa Casa e no Hospital Universitário. Segundo o presidente do CRM/MS, Sérgio Renato de Almeida Couto, a instalação destes leitos no Hospital Regional e Santa Casa, com 10 UTIs e 15 UTIs intermediárias em cada um, já supriria a demanda de atendimentos de urgência na Capital. “A nossa luta é aumentar os leitos no HR e na Santa Casa e tentar manter o nível de atendimento no Hospital Universitário que carece de pessoal para atender as UTIs já existentes no hospital”, afirma Couto. A falta de pessoal no Hospital Universitário decorre da dificuldade de ampliar o quadro de médicos, pela necessidade de concurso público,já que a entidade é do governo federal. Couto denuncia que atualmente a Santa Casa, por exemplo, possui UTI que cabem apenas cinco pacientes, mas acabam atendendo até 12 pessoas de uma só vez, devido a superlotação, a falta de espaço físico e leitos suficientes para atender todos os paciente graves. Hoje a Santa Casa conta com 68 leitos, que são destinados para atendimento pediátrico, neo-natal, pós-operatório, coronariano e adulto. A UTI adulta conta com apenas 18, dos 68 leitos totais do hospital, para onde são levados pacientes vítimas de acidentes de trânsito, AVC (Acidente Vascular Cerebral) e pacientes do interior de Mato Grosso do Sul que estão em estado grave. De acordo com dados do CRM, o Hospital Regional conta com 46 leitos de UTI e o HU com 27 leitos, sofrendo, contudo, com o risco de diminuir estes leitos pela falta de pessoal para atender os pacientes. Couto denuncia ainda que a Santa Casa é o único hospital de Campo Grande que possui leitos de UTI intermediária, mas que são destinados apenas para atendimento pediátrico, o que eleva ainda mais a carência do sistema de saúde na Capital. Couto informou ainda que o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) atende por mês uma média de 475 pessoas que necessitam de internação na UTI, um número muito mais elevado que o total de leitos existentes na Capital, sem contar os pacientes que são trazidos de municípios do interior do Estado por impossibilidade de tratamento nos hospitais locais. O presidente do CRM/MS lamentou que, devido à superlotação, a grande maioria dos pacientes tem o atendimento prejudicado nas primeiras horas, que são as mais importantes para a recuperação da vítima, a constatação do problema e para evitar seqüelas posteriores. “O atendimento inicial é fundamental para a saúde do paciente, um mau atendimento nas primeiras horas pode ocasionar seqüelas irreversíveis”, revelou Couto. Investimento Couto destacou que o principal problema enfrentado pela saúde pública atualmente é a falta de investimento no setor, que carece da ampliação de hospitais, aumento do quadro de pessoal, melhoria da infra-estrutura e manutenção das unidades de saúde, além de maior remuneração dos médicos e dos repasses feitos pelo SUS (Sistema Único de Saúde). O presidente da entidade revelou que hoje um paciente internado na UTI custa R$ 2 mil por dia, sendo que o SUS repassa aos hospitais apenas R$ 300,00, o que onera o tratamento e prejudica a ampliação do sistema de saúde. “Campo Grande é a UTI e o Pronto Socorro do Estado. Temos que definir o que é verba para saúde e priorizar o financiamento do setor”, afirmou Couto. |
GRAAC inaugura nova UTI em São Paulo |
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Expresso da Notícia |
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No dia 21 de setembro, o GRAACC reinaugurou sua Unidade de Tratamento Intensivo – UTI, agora com os novos espaços que totalizam sete leitos (antes eram três). Dois leitos são destinados a pacientes em isolamento. A ampliação permitirá ao Hospital oferecer todas as chances de cura com qualidade de vida aos pacientes atendidos, dentro do mais avançado padrão científico – já referência no tratamento do câncer infanto-juvenil oferecido pelo Hospital. Após a reforma, a UTI pediátrica do GRAACC passa a ter o mesmo padrão de outros setores do Hospital - que oferece tratamento diferenciado e humanizado às crianças e adolescentes. O andar ganhou cores diferenciadas e mais divertidas, brinquedos e livros para deixar o ambiente lúdico durante o período de internação. O diferencial é que agora os pais poderão acompanhar os filhos internados 24 horas por dia. O hospital do GRAACC tem capacidade para atender todos os pacientes gratuitamente, independentemente de possuírem ou não convênio médico ou seguro-saúde. Atualmente, 95% dos pacientes atendidos provêm de classes menos favorecidas economicamente, que dependem do SUS (Sistema Único de Saúde), responsável pelo reembolso parcial das despesas com seus tratamentos. Por conta disso, é fundamental a participação de colaboradores, doadores e sócios mantenedores, responsáveis por quase metade do montante necessário para a manutenção das atividades. Foram investidos na reforma cerca de R$ 423 mil, provenientes de doações. O espaço é destinado aos pacientes que se recuperam de neurocirurgias, cirurgias torácicas, pediátricas, ortopédicas, transplantes de medula ou órgãos, ou que tiveram complicações pr por conta da quimioterapia e demais ocorrências que necessitem de cuidados especiais. Profissionais do departamento de pediatria da UNIFESP (Escola Paulista de Medicina) são responsáveis pelo suporte técnico-científico do GRAACC. O GRAACC O GRAACC (www.graacc.org.br) é uma organização sem fins lucrativos criada com a missão de garantir a crianças e adolescentes com câncer o direito de alcançar todas as chances de cura, com qualidade de vida, dentro do mais avançado padrão científico. O GRAACC realiza mensalmente uma média de 1.600 consultas médicas, 3.000 procedimentos ambulatoriais e 80 procedimentos cirúrgicos. Além do diagnóstico e tratamento do câncer infantil, o GRAACC atua também no desenvolvimento do ensino e pesquisa. |
UTI Neonatal recebe
equipamentos de última geração
Da Reportagem - Diário de Cuiabá
O Hospital e Pronto Socorro de Cuiabá – HPSMC agora conta com três aparelhos de
fototerapia Bilitron para auxiliar no tratamento de icterícia nas crianças
recém-nascidas internadas na Unidade Intensiva de Tratamento (UTI) Neo-natal.
A icterícia é o excesso de substância bilirrubina no organismo das crianças, e o
Bilitron têm a função de reduzir essa quantidade em bebês recém-nascidos e
prematuros.
A neo-natologista Gisele do Couto Oliveira explica que o excesso de bilirrubina
no organismo da criança pode ocasionar lesões irreversíveis como surdez,
alteração no equilíbrio motor e algum tipo de paralisia.
Os equipamentos de fototerapia que o HPSMC dispunha para o tratamento de
icterícia eram de baixa irradiância e agora com esses novos aparelhos a potência
aumentou 10 vezes.
“Quem ganha é o paciente, pois agora o tempo de tratamento é menor e a criança
se recupera com menos tempo e risco à saúde”, frisa Gisele, ressaltando que com
um diagnóstico precoce é possível evitar que as crianças adquiram algum tipo de
lesão cerebral.
Hoje estão internadas na UTI Neo-natal do Pronto Socorro seis pacientes, mas no
momento todas elas estão fora de risco e sem a necessidade de utilização dos
aparelhos Bilitron.
A aquisição desses equipamentos somente pode ser realizada graças ao repasse de
R$ 230 mil, feito pelo Ministério Público do Trabalho - MPT, através de um
acordo firmado entre o MPT e o Centro de Processamentos de Dados de Mato Grosso
- Cepromat.
Os leitos já estão equipados, mas não foram liberados para uso porque precisam ser desinfectados e a central de ar-condicionado consertada (Foto: Thiago Gaspar (21/12/2006))
Durante visita ao hospital, no último dia 14, o governador Cid Gomes anunciou
a inauguração da Unidade para ontem
Ontem, 20 novos leitos para adultos na Unidade Terapia Intensiva 2 (UTI)
deveriam ter sido liberados para uso no Hospital Geral de Fortaleza (HGF). No
entanto, isso não aconteceu. Os motivos? Uma tentativa de furto dos fios de
cobre da central de ar e a desinfecção do local.
O problema disso tudo, porém, é que agora não há previsão para a inauguração
dos leitos já equipados. Pelo menos, é o que informou a assessoria de imprensa
do HGF. Por meio dela, a diretora-geral em exercício Fátima Dias afirmou que o
hospital geral não sabe ao certo quando a tentativa ocorreu.
As suspeitas levam para o último fim de semana. Afinal, somente ontem, quando
uma avaliação estava sendo feita na nova UTI, percebeu-se a danificação da
central de ar. Para ajeitá-la, ainda não foi determinada uma data.
Além disso, a assessoria de imprensa também antecipou que os novos leitos
estão sendo desinfectados. Conforme ressaltou, nos últimos meses, houve muito
movimento no espaço. Em especial, os técnicos que treinaram a equipe
responsável pelos novos atendimentos. Por isso mesmo, foi preciso recorrer à
limpeza.
A inauguração dos novos 20 leitos foi anunciada pelo Governador do Estado do
Ceará, Cid Gomes. No último dia 14, ele esteve no Hospital Geral de Fortaleza.
Na ocasião, além a lotação de rotina, Cid Gomes acompanhou, de perto,
problemas como a espera por atendimento e a agonia de pacientes nos corredores
da Emergência. Por uma vaga na UTI, a fila de espera é , em geral, de oito a
12 pacientes, mas ontem, chegou a 21 doentes.
Ainda em sua visita ao HGF, Cid Gomes reforçou que no dia 24 deste mês (ontem)
começariam a funcionar 20 novos leitos de UTI no hospital. Junto à informação
da liberação dos novos leitos, o governador autorizou o reinício das obras de
ampliação da Emergência.
Reformas
O local que abriga os 20 novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva foi
finalizado no governo Lúcio Alcântara, mas só agora, nesta gestão, foram
adquiridos os equipamentos. A reforma da UTI da Emergência custou um total de
R$ 1,5 milhão na obra e R$ 2,5 em equipamentos.
Com a ordem de serviço assinada no último dia 14, a construção da nova
Emergência será retomada na segunda-feira, com previsão de ficar pronta em
oito meses. A obra é orçada em R$ 1.657,52. Deste total, R$ 900 mil serão da
União e R$ 757.657,52 do Estado.
Desde que começou a ser reformado, há cerca de sete anos, o Hospital Geral de
Fortaleza já consumiu R$ 37.703.631,06 (cerca de R$ 12 milhões da União e R$
18 milhões do Estado), mas faltam ainda R$ 31 milhões.
Com tudo pronto, a área passará de 22.113,03 m² para 64.373,87 m². O fim da
reforma está previsto para dezembro de 2008.
JANINE MAIA
Repórter
Mais informações:
Central de Regularização de Leitos da Secretaria de Saúde do Estado:
(085) 3452.91.31 - 3452. 91.34
29/09/2007 06:50 |
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Pacientes do interior sobrecarregam UTIs da Capital, revela Mandetta |
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Milena Crestani |
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Pelo menos cinco fatores contribuem para a falta de vagas nas UTIs
(Unidades de Tratamento Intensivo) de Campo Grande, afirma o secretário
municipal de Saúde, Luiz Henrique Mandetta em entrevista exclusiva
concedida ao Midiamax. A falta de critérios por parte do Governo
Zeca do PT para escolher as cidades para instalar as unidades,
atendimento de pacientes do interior e de outros Estados sobrecarregam
as UTIs da Capital, crescimento do número de acidentes de trânsito,
escalada da violência na cidade e aumento da expectativa de vida dos
campo-grandenses, fazendo com que o número de idosos cresça.
Recentemente, de acordo com Mandetta, o governo do Estado retirou equipamentos de nove leitos de UTIs que estavam nas cidades de Bonito, Ponta Porã e Bela Vista. Os equipamentos estavam parados porque não tinham profissionais capacitados e nem suficientes para atender os pacientes que precisam de cuidados 24 horas. Esses leitos que estavam desativados no interior do Estado devem ser implantados nos próximos dias na Capital, sendo que quatro já foram encaminhados ao HR (Hospital Regional Rosa Pedrossian) e outros cinco para a Santa Casa. “Houve uma falta de critérios no Governo anterior sobre onde implantar esses leitos. Estas cidades não têm estrutura para fazer este atendimento de alta complexidade”, afirma Mandetta. A polêmica sobre a falta de UTIs na Capital surgiu depois que o CRM (Conselho Regional de Medicina) publicou uma nota alertando a população sobre a situação caótica vivenciada nos prontos-socorros do HR, Santa Casa e HU (Hospital Universitário). O presidente do Conselho, Sérgio Renato de Almeida Couto, denunciou que a Capital possui um déficit de aproximadamente 50 leitos de UTI. A Sosmati (Sociedade Sul-Mato-Grossense de Terapia Intensiva) também publicou nota reafirmando os problemas da falta de vagas nas UTIs. No entanto, o secretário Mandetta afirmou que a quantidade de vagas dos hospitais de Campo Grande seria suficiente para atender a demanda da Capital. Interior Um dos problemas apontados pelo secretário é a demanda de pacientes do interior do Estado que procuram atendimento na Capital. As cerca de 150 vagas de UTIs disponíveis em Campo Grande seriam suficientes para atender os cerca de 750 mil habitantes da Capital, entretanto, os hospitais precisam atender uma demanda de pacientes quase três vezes maior devido aos pacientes do interior do Estado. Ele explica que o governo do Estado precisa solicitar novos leitos, pois o Ministério da Saúde avalia que o número de vagas para atender os pacientes da Capital é suficiente. Hoje, além da Capital, as cidades de Dourados, Ponta Porã, Aquidauana, Corumbá e Três Lagoas dispõem de UTI. No entanto, os hospitais destas cidades também enfrentam alguns problemas e por isso parte dos pacientes precisam ser atendidos na Capital. Um dos fatores, segundo Mandetta, é a falta de médicos especialistas. O secretário cita ainda as crises enfrentadas pelo HE (Hospital Evangélico) de Dourados, — que irá suspender atendimento pelo SUS (Sistema Único de Saúde) — e os problemas enfrentados recentemente na Santa Casa de Corumbá. Campo Grande recebe ainda pacientes de outros Estados, como de Mato Grosso, que procuram por algumas especialidades, principalmente na Santa Casa, além de pacientes dos países vizinhos como Bolívia e Paraguai. O aumento dos acidentes de trânsito com vítimas com ferimentos graves e de pessoas vítimas de tentativas de homicídio também contribuem para aumentar o atendimento nos prontos-socorros e nas UTIs. Os pacientes vítimas de traumas acabam ocupando muitos leitos dos hospitais, uma demanda que vem crescendo nos últimos anos. A prevenção no trânsito é um dos fatores apontados pelo secretário para tentar diminuir o número de acidentes. Ele ressaltou a necessidade de cobrar da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) campanhas e ações para diminuir estas ocorrências. Já em relação aos crimes, Mandetta salientou a importância da fiscalização da chamada “Lei Seca” que proíbe o consumo de bebidas alcoólicas em estabelecimentos a partir das 23 horas. Ele explica que os jovens são as maiores vítimas de crimes como tentativas de homicídio. Aliados a esses fatores houve também um aumento no número de pacientes que recebem atendimento pré-hospitalar e acabam tendo mais chances de sobrevivência. O secretário cita como exemplo o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) que deu mais agilidade ao sistema e hoje mais vidas conseguem ser salvas. Idosos O número de idosos internados na UTI, de acordo com Mandetta, também aumentou e favoreceu a lotação das UTIs. Isso ocorre, segundo o secretário, devido ao aumento da expectativa de vida no Estado. Muitos idosos chegam a ficar meses internados com doenças degenerativas e não têm condições financeiras de realizar um atendimento domiciliar. Já os pacientes de meia-idade são maioria no atendimento com problemas cardíacos. Por isso, são disponibilizados na Santa Casa pelo menos 10 leitos de UTI coronariana, ou seja, para atender exclusivamente pacientes com problemas do coração. A fila de espera de pacientes para realizar transplantes na Capital também compromete as vagas nas UTIs, já que muitos pacientes acabam sendo internados até quatro vezes no ano porque apresentaram alguns problemas agravados das doenças. Soluções O secretário acredita que ainda neste ano grande parte dos problemas relativos a falta de vagas em UTIs possam ser solucionados. Além dos nove leitos que serão implantados no Regional e na Santa Casa outras reformas devem ajudar no atendimento. A obra para implantação dos 15 leitos da UTI intermediária da Maternidade Cândido Mariano já está pronta. O secretário afirma que a inauguração deve ocorrer em breve somente após a seleção de profissionais para trabalhar no local. Outro projeto é a implantação de 15 leitos de UTI adulto na Santa Casa. A Unidade deve ser implantada no 5º andar do hospital onde hoje funciona o setor de hemodiálise. Dentro de 30 dias, os pacientes que sofrem de doenças renais terão um novo espaço para atendimento em um outro setor do hospital. Na Santa Casa também está prevista a implantação de mais 10 leitos de UTI coronariana. Além disso, também está prevista a reforma do pronto-socorro com a implantação de uma unidade para atendimento a pacientes graves e uma sala de emergência. “Melhorando o atendimento inicial, menos pacientes devem ser internados na UTI”, explica. Os atendimentos pré-hospitalares devem receber melhoras com a implantação de unidades no Aero Rancho, Nova Bahia e Tiradentes semelhantes ao posto do Coronel Antônio. As unidades devem funcionar como um pré-hospital com sala de emergência. |