20/01/2007 - Correio Forense
Isea
realiza mais de 70 partos de alto risco por mês
Uma média de setenta e dois partos de alto risco foram
realizados por mês, no ano passado, no Isea (Instituto de Saúde Elpídio de
Almeida). Única maternidade referência no atendimento de alto risco a gestantes,
a instituição contabilizou durante todo o ano de 2006, mais de 860 partos com
essa particularidade, sendo a maior parte, cesarianos.
Segundo o Setor de Estatística da maternidade, 579 mulheres tiveram filhos
através do método cesariano, medida adotada de forma preventiva para garantir a
saúde das mães e dos bebês.
Com uma UTI de Alto Risco, o Isea atende a todos os critérios de estrutura
para prestar assistência às mulheres que integram esse grupo. Profissionais
habilitados e equipamentos especializados ajudam no atendimento qualificado às
parturientes que necessitam de atendimento especial, segundo adianta a
diretora geral da maternidade, a médica Francimar Ramos. "A maternidade está
preparada para atender a todos os casos", enfatiza. Fatores sociais e econômicos
podem contribuir para a incidência do alto risco, embora o fator idade seja um
dos principais agravantes.
A idade materna inferior a 17 anos ou superior aos 35 anos são aspectos que
merecem atenção por parte dos médicos, porque nessas duas fases as mulheres
apresentam uma estrutura física e orgânica que implica em cuidados especiais.
Exposição a agentes físico-químicos nocivos e estresse; má aceitação da
gestação, peso materno inadequado e dependência de drogas lícitas ou ilícitas
também são fatores que devem ser levados em consideração. Doenças maternas
prévias ou concomitantes, a exemplo da cardiopatia (doença do coração),
pneumopatia crônica (doença dos pulmões), doenças da tireóide, retardo mental,
doenças sexualmente transmissíveis, tumores, doenças psiquiátricas, epilepsia,
doenças hematológicas (do sangue) e infecções são causas comuns para uma
gravidez de alto risco.
Outros males surgidos durante a gestação também podem incidir em complicações
para as mulheres e por isso, o pré-natal regular desde o início da gestação é
fundamental, como frisa Francimar Ramos. Só o médico saberá avaliar a
necessidade de um acompanhamento mais rigoroso nas pacientes de alto risco. O
conhecimento das patologias coexistentes e o acompanhamento por outros
profissionais poderão ocorrer em alguns casos, quando há necessidades. Nas
gestações de alto risco é imprescindível o estabelecimento preciso da idade
gestacional. Isso é realizado pela data da última menstruação (quando a paciente
recordar) ou por ecografia precoce.
Muitas vezes, uma mesma ocorrência não traz qualquer problema para uma pessoa,
enquanto que, para outra, pode vir a acarretar algo especial. Na gravidez isso
também acontece. Em certas circunstâncias, uma simples doença, que nada pode
causar a uma mulher grávida, pode trazer riscos à saúde de uma outra, provocando
riscos à saúde da mãe e do feto. Em cerca de 10 a 20% das mulheres, a gestação
pode ocasionar problemas mais ou menos graves: as chamadas gestações de alto
risco. No Brasil, segundo estudos, de 70 a 150 mulheres em cada cem mil morrem
por alguma causa ligada à gestação e ao parto.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Campina Grande