A afirmação: CPR exige ressuscitação boca-a-boca

03/04 New York Times

OS FATOS – Até mesmo pessoas que nunca treinaram ressuscitação cardiopulmonar (CPR) sabem que envolve uma série de compressões no peito junto com respiração boca-a-boca.

Durante anos, cientistas questionaram se a parte do boca-a-boca era necessária, dizendo que o foco da CPR deveria ser nas compressões do peito, que mantém o sangue circulando para órgãos vitais depois de uma parada cardíaca.

Mês passado, um estudo de mais de 4.000 casos de parada cardíaca, o maior em pesquisas até agora, descobriu que pacientes tinham mais chances de recuperação sem danos cerebrais se quem quer que fosse se focasse somente nas compressões. Publicado na The Lancet, o estudo descobriu que 22% das pessoas que receberam somente compressões no peito sobreviveram com boas funções neurológicas, comparado com 10% dos que receberam CPR combinado.

Essas descobertas confirmaram as de um estudo pelo The New England Journal of Medicine de 2000. A razão é que na maioria dos casos de parada cardíaca, o corpo da vítima tem oxigênio suficiente para manter os órgãos funcionando por vários minutos. Boca-a-boca simplesmente dá mais oxigênio, enquanto as compressões no peito desempenham a função vital de bombear o sangue.

CONCLUSÃO – Estudos mostram que na maioria dos CPR, boca-a-boca pode não ser necessária.