Com economia de R$ 300 mil na Saúde, estado vai abrir UTI neonatal - RJ

Secretário Sérgio Côrtes vai atende reivindicação do Hospital Pedro Ernesto.
Em dois anos, secretaria e unidades serão informatizadas.

Alba Valéria Mendonça Do G1, no Rio entre em contato

O Globo

O corte de mil postos de trabalho desnecessários e a economia feita com a compra de medicamentos excepcionais, alimentos e contrato com empresas de limpeza das unidades hospitalares foram os destaques apresentados pelo secretário Sérgio Côrtes, no seu primeiro trimestre à frente da Secretaria estadual de Saúde e Defesa Civil. Graças a essa economia, Côrtes disse que vai poder atender uma antiga reivindicação do Hospital Universitário Pedro Ernesto: a abertura dos 25 leitos da UTI neonatal.

A secretaria economizou cerca de R$ 300 mil ao refazer os contratos com as empresas de limpeza das unidades de saúde. Dos R$ 3,9 milhões gastos com a manutenção em 17 unidades, a secretaria passou a gastar R$ 3,6 milhões e garante a limpeza de 28 unidades.

“Toda essa economia poderá ser revertida para novas ações da secretaria. Por exemplo, o serviço de alimentação teria direito, a partir de abril, de um reajuste de 7% nos contratos. Renegociamos os contratos e obtivemos uma redução de 3,5%, o que vai gerar uma economia de R$ 7,7 milhões por ano. Com essa economia vamos poder abrir Unidades de Pronto Atendimento 24 horas”, enfatizou o secretário, lembrando que é importante que se acabe com o subfinanciamento da Saúde.

O secretário anunciou também novas medidas para aumentar a economia da pasta. Na próxima semana a superintendente de Insumos Estratégicos, Ana Márcia Schneider, vai negociar com representantes das secretarias do Paraná e de Minas Gerais, a compra em conjunto de medicamentos excepcionais - remédios utilizados por doentes crônicos ou que sofreram transplantes – através do registro de preço. Em duas semanas a superintendente vai apresentar uma proposta para melhorar a distribuição desses medicamentos.

“Com isso, teremos uma economia de cerca de dez a 15% nessa compra sobre valores que ultrapassam R$ 20 milhões. Também vamos fazer um cartão para os pacientes que precisam de medicamentos excepcionais, com o qual não só vamos controlar a distribuição, a gestão administrativa por parte da secretaria como também acompanhar o quadro deste paciente, na sua assistência médica. No cartão constará prescrição, médico, dias de atendimento, possíveis alergias do paciente, os efeitos adversos que ele está sofrendo”, disse o secretário.

 Saúde será informatizada

Côrtes também pretende, em dois anos, informatizar toda a secretaria e os setores administrativos de almoxarifado e de farmácia das unidades para controlar utilização e o gasto com material e medicamentos. Além disso, será possível verificar a taxa de ocupação dos leitos, o tempo de permanência nas unidades e, desta forma, saber qual o perfil de atendimento de cada uma delas.

Ele também anunciou para maio o início do programa "Saúde na Área", na qual representantes da secretaria vão visitar os municípios e regionais para saber das suas reais necessidades e ajudá-los a implantar um sistema integrado de atendimento.

Gradativamente médicos de cooperativas estão sendo substituídos por profissionais que estão sendo selecionados pela Fundação Estadual de Serviço Público. Nestes três meses, mais de 1.320 funcionários foram selecionados para integrar o Samu, a Central de Perícias Médicas e a Central de Regulação.

 Em 15 dias, solução para o Iaserj

Côrtes voltou a afirmar que, embora o desejo do estado seja manter o Iaserj funcionando, a Secretaria de Saúde só poderá investir recursos no instituto se o atendimento for universalizado, ou seja, estendido à toda a população. Mas destacou que em aproximadamente 15 dias, o governador Sérgio Cabral deverá apresentar uma solução para o caso.

“O Iaserj é fundamental para a saúde no estado. Mas desde que atenda toda a população. Não temos como investir numa unidade que se destina apenas a servidores”, explicou Côrtes.

A situação de falta de recursos para gerir o Iaserj vem se agravando desde 1999. Recentemente, a Vigilância Sanitária interditou o centro cirúrgico da unidade por representar risco para os pacientes.