RITA
LOBATO VELHO LOPES
(87 anos)
Médica e Política
* Rio Grande, RS (07/06/1866)
+ Rio Pardo, RS (06/01/1954)
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DIA DO MÉDICO - SOBRATI HOMENAGEIA RITA
LOBATO
Foi a primeira mulher a exercer a Medicina
no Brasil. Freqüentou o curso secundário em Pelotas e
demonstrou, desde cedo, vocação para a Medicina. Mas, apesar de
um decreto imperial de 1879 autorizar às mulheres a frequentar
os cursos das faculdades e obter um título acadêmico, os
preconceitos da época, que relegavam às mulheres a uma função
doméstica, falavam mais forte. Rita matriculou-se inicialmente
na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, transferindo-se
depois para a Faculdade de Medicina de Salvador, na Bahia.
Determinada em obter o título de médica, venceu a hostilidade
inicial dos colegas e professores, conquistando aos poucos sua
simpatia, até receber do corpo docente da tradicional faculdade
baiana as maiores considerações. Em 1887, tornou-se a primeira
mulher brasileira e a segunda latino-americana a obter diploma
de médica, após defender tese sobre A Operação Cesariana. Após a
formatura, retornou ao Rio Grande do Sul, onde casou com
Antônio Maria Amaro Freitas, com quem teve uma única
filha, Ísis. Rita iniciou a prática da profissão
clinicando em Jaguarão, recém casada, onde permaneceu por quase
dois anos. Mas inteligente, saiu para o mundo a estudar e de
volta ao Rio Grande em 1910, passa a clinicar nos arredores de
Rio Pardo, agora com domicílio na Estância Capivari.
Rita praticou a caridade homenageando sua mãe que morreu durante
o parto de seu irmão caçula. Prestou serviços gratuitos,
forneceu medicamentos gratuitos. Esqueceu de si mesma e atendeu
a todos os chamados que lhe bateram à porta. De 1910 a 1925,
exerceu intensamente a clínica domiciliar. Já com quase 60 anos,
encerrou sua atividade profissional. Em 1926 perdeu seu marido,
companheiro dedicado por 37 anos. Doou seus aparelhos ao
hospital local e ingressou na vida política encontrando terreno
propício por seu temperamento, tentando esquecer sua mágoa pela
morte de Antonio Maria e procurando ajudar as
dificuldades da cidade onde clinicou por tanto tempo, sendo
testemunha das dificuldades de seu povo. Militou no Partido
Libertador. Septuagenária, foi eleita Vereadora pelo Partido
Libertador por Rio Pardo, representando a Vereança com mesma
dignidade e eficácia que praticou a Medicina. Exerceu seu
mandato até a implantação do Estado Novo em 1937, que fechou as
Câmaras Municipais. Mesmo assim continuou sendo Presidente
de Honra do Comitê Feminino Pró-Candidatura Darcy Porto Bandeira,
em favor ao seu conterrâneo à prefeitura de Rio Pardo.Afastou-se
da vida política no final da década de 1950. Passou a viver no
centro da cidade de Rio Pardo com os familiares onde ficou até
1950. De 1950 a 1952 viveu em Porto Alegre, voltando para Rio
Pardo em 1952 e falecendo em 1954. (Fonte: Famosos que
partiram ).
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