24/05/2007 02:06

Leitos de UTI neonatal na Bahia são 25% do que aconselha a OMS

Jane Fernandes - Jornal a Tarde - BH

Os hospitais da rede pública estadual oferecem 0,24 leitos de UTI (unidade de tratamento intensivo) por mil nascidos vivos. O número fica muito abaixo do recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é um leito por mil nascidos vivos. A deficiência nesse serviço é um dos fatores que levam a Bahia a não conseguir alcançar as metas do Pacto Nacional para Redução da Mortalidade Materna e Neonatal, firmado em março de 2004.

O objetivo é reduzir os índices em 15% ao longo de três anos. No Estado, o índice de 15 óbitos neonatais por mil nascidos vivos registrado em 2006 é apenas 2% menor que o de 2004. Embora a média nacional do ano passado ainda não seja conhecida, entre 2004 e 2005 a queda em todo o Brasil foi de 7,1%, chegando a uma taxa de 14,1 óbitos/mil nascidos-vivos.

A importância da disponibilidade de leitos de UTI é evidenciada ao saber que, mesmo com todos os cuidados pré-natais (o que não corresponde à realidade brasileira – veja matéria da série amanhã), cerca de 10% das gestações serão de risco. Entre os nenéns que tendem a precisar de ajuda para sobreviver fora do corpo da mãe, estão os  nascidos prematuramente. Mulheres com diabetes, hipertensão, infecções congênitas, doenças sexualmente transmissíveis e problemas cardíacos também são candidatas a ter parto de risco.