Com novos hospitais, número
de leitos para média e alta complexidade vai dobrar no Pará
Os hospitais que estão sendo
implantados no interior do Pará vão contar com
unidades de tratamento intensivo
(UTI) e berçário patológico
- onde são tratados os bebês
recém-nascidos que exigem cuidados especiais.
O contrato que viabiliza a
implantação dos hospitais regionais foi firmado hoje (12), no Rio, entre o
governo paraense e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES).
Com a implantação das unidades hospitalares nas cidades de Santarém, Altamira,
Redenção e Breves, na Ilha de Marajó, vai dobrar o número de leitos para média
e alta complexidade no estado - hoje existem cerca de 500 e estão concentrados
principalmente em Belém. No interior do estado, somente um hospital inaugurado
recentemente na cidade de Marabá oferece esse tipo de serviços.
O contrato, de R$ 161,6 milhões, prevê ainda a construção de um hospital mais
simples, com abrangência municipal, na cidade de Tailândia, e a ampliação da
unidade oncológica do Hospital Ophir Loyola, em Belém. Ao todo, 2.417 pessoas,
36% da população paraense, serão beneficiadas com a ampliação da rede pública
de saúde.
Segundo o diretor da área de infra-estrutura do BNDES, Élvio Gaspar, a
expectativa do banco, ao financiar esse tipo de investimento, é contribuir
para as políticas federais de descentralização do atendimento de média e alta
complexidade na área de saúde. "Nosso projeto de desenvolvimento regional
pressupõe isso: levar serviços públicos de qualidade, levar desenvolvimento,
enfim, qualidade de vida onde as pessoas estão por este Brasil afora",
afirmou.
O primeiro contrato do banco nessa área foi assinado em maio com o governo do
Piauí, para construção de 35 hospitais de pequeno porte e reforma de 75 postos
de saúde. O contrato previa também a implementação de um sistema integrado de
controle e consulta de leitos.
Gaspar garantiu que o banco está disposto e tem recursos para apoiar todas as
iniciativas estaduais para fortalecer os hospitais regionais e aproximar o
serviço de saúde das pessoas: "Para todos os estados que estiverem
interessados e puderem, o banco tem recursos. Não faltarão recursos para bons
projetos e para as boas políticas públicas", disse ele.
Serão investidos na implantação e modernização dos hospitais paraenses, mais
de R$ 257 milhões. O BNDES entrou com 62,8% dos recursos e o governo do Pará,
com os 37,2% restantes.
Os hospitais já estão em fase de conclusão e devem ser inaugurados até o final
deste ano.
O governador do Pará, Simão Jatene, disse acreditar que a descentralização e
municipalização dos serviços de saúde é um fator importante para consolidar as
fronteiras da ocupação humana no estado e conter o avanço sobre as florestas.