O único hospital
público de Salgueiro, no Sertão pernambucano, não tem UTI
neonatal. De acordo com denúncias, duas crianças morreram por
falta de atendimento.Um dos casos foi o filho único do casal
Solange Rodrigues e Damião dos Santos, um bebê de dois meses que
faleceu na semana passada, vítima de pneumonia aguda.
Para o pai, o caso
não foi tratado como emergência pelo médico de plantão. “A gente
levou para o hospital regional, fizemos a ficha, mas o médico não
atendeu, disse que só podia atender casos urgentes”, diz a mãe.
A outra morte
aconteceu há duas semanas, quando o filho de dois anos da
professora Adriana de Sá foi internado com sintomas de meningite.
“Todos os médicos se voltaram para atendê-lo, mas o principal, que
era a UTI, não tem aqui em Salgueiro”, conta a mãe.
A cidade tem 60 mil
habitantes e somente três hospitais, sendo dois particulares e um
público. A secretaria de Saúde admite os problemas, mas alega que
a pasta precisa de investimentos.
“Uma das nossas
prioridades é a reestruturação do hospital, com a implantação da
UTI, primeiro a neonatal. Acontecem os partos, as crianças nascem,
mas ficam expostas. Assim, não teremos a necessidade de encaminhar
para as cidades vizinhas”, explica a secretária Maria Gorete
Coelho.
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